O Diretório Estadual do PT dividiu-se ao meio durante a votação sobre a proposta de aliança formal com o PSDB para as eleições de 2008 em Belo Horizonte. O resultado enfraquece a tática eleitoral e propicia um claro indicativo para a Executiva Nacional de que o veto à aliança deve ser mantido. Estamos certos de que os integrantes da Executiva e Diretório Nacional do PT não deixarão de avaliar esse resultado com sensibilidade política e responsabilidade para subsidiar sua decisão, como têm feito até este momento.
De um lado 29 votos deram aval a aliança com o PSDB. Por outro, 26 votos contrários e três abstenções(29 votos) resistiram à proposta. Essa votação reflete divisões profundas nas bancadas da Câmara Municipal de Belo Horizonte, da Assembléia Legislativa e da Câmara dos Deputados, bem como as posições contrárias de movimentos sociais e sindicais que integram a base do partido. Basta ver os resultados dos encontros setoriais do PT, em particular o 1º Congresso da Juventude Petista. Assim, mantém-se a preocupação da própria Executiva Nacional, expressa em seu veto, em abril, de que a forma como foi construída a aliança com o PSDB em Belo Horizonte, proposta pelo Prefeito Fernando Pimentel e pelo Governador Aécio Neves, não circunscreve seus efeitos à capital mineira, mas tem uma dimensão política que extrapola o acordo municipal, enfraquecendo o PT no estado e nacionalmente.
Reiteramos, portanto, que a manutenção do veto poderá propiciar a reabertura do diálogo interno em busca de uma solução política que reunifique o partido para garantir a vitória em outubro e a continuidade ao projeto democrático-popular na capital mineira. Nesse sentido, destacamos aqui argumentos em favor da construção de uma nova tática eleitoral, que considere: - O PT está no governo em Belo Horizonte há 16 anos com um projeto vitorioso com seus aliados históricos; tem excelente avaliação popular e a maior bancada de vereadores na Câmara. Por que abrir mão de lançar um candidato próprio e fortalecer o PSDB?
- Os ministros mineiros e o vice-presidente da República, José Alencar Gomes da Silva, devem ser ouvidos no processo eleitoral, contribuindo para a unidade do PT e a retomada do diálogo com os partidos aliados históricos que compõem a base do Governo Lula.
- A proposta de alianças deve, necessariamente, envolver compromissos com um programa de continuidade e aperfeiçoamento do projeto democrático-popular em Belo Horizonte.
- As alianças eleitorais para a sucessão em Belo Horizonte devem fortalecer o PT, sua interlocução com os movimentos populares e com os partidos que compõem a base do Governo Lula, refletindo-se positivamente nos processos eleitorais do Estado em 2008.
De um lado 29 votos deram aval a aliança com o PSDB. Por outro, 26 votos contrários e três abstenções(29 votos) resistiram à proposta. Essa votação reflete divisões profundas nas bancadas da Câmara Municipal de Belo Horizonte, da Assembléia Legislativa e da Câmara dos Deputados, bem como as posições contrárias de movimentos sociais e sindicais que integram a base do partido. Basta ver os resultados dos encontros setoriais do PT, em particular o 1º Congresso da Juventude Petista. Assim, mantém-se a preocupação da própria Executiva Nacional, expressa em seu veto, em abril, de que a forma como foi construída a aliança com o PSDB em Belo Horizonte, proposta pelo Prefeito Fernando Pimentel e pelo Governador Aécio Neves, não circunscreve seus efeitos à capital mineira, mas tem uma dimensão política que extrapola o acordo municipal, enfraquecendo o PT no estado e nacionalmente.
Reiteramos, portanto, que a manutenção do veto poderá propiciar a reabertura do diálogo interno em busca de uma solução política que reunifique o partido para garantir a vitória em outubro e a continuidade ao projeto democrático-popular na capital mineira. Nesse sentido, destacamos aqui argumentos em favor da construção de uma nova tática eleitoral, que considere: - O PT está no governo em Belo Horizonte há 16 anos com um projeto vitorioso com seus aliados históricos; tem excelente avaliação popular e a maior bancada de vereadores na Câmara. Por que abrir mão de lançar um candidato próprio e fortalecer o PSDB?
- Os ministros mineiros e o vice-presidente da República, José Alencar Gomes da Silva, devem ser ouvidos no processo eleitoral, contribuindo para a unidade do PT e a retomada do diálogo com os partidos aliados históricos que compõem a base do Governo Lula.
- A proposta de alianças deve, necessariamente, envolver compromissos com um programa de continuidade e aperfeiçoamento do projeto democrático-popular em Belo Horizonte.
- As alianças eleitorais para a sucessão em Belo Horizonte devem fortalecer o PT, sua interlocução com os movimentos populares e com os partidos que compõem a base do Governo Lula, refletindo-se positivamente nos processos eleitorais do Estado em 2008.
André Quintão é deputado estadual PT/MG
Rogério Correia é membro do Diretório Regional do PT/MG e ex-deputado estadual